A segurança do produto depende de o fabricante ter seguido as regras previstas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas e também de como foi realizada a instalação do material
Instalar cercas energizadas em condomínios, residências e estabelecimentos comerciais é uma das alternativas para quem busca proteção e segurança. No entanto, é preciso se certificar de que são realmente seguras e se seguem as regras previstas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Caso contrário, as cercas podem oferecer vários riscos, como a ocorrência de choques elétricos, curto-circuitos e até incêndios.
A norma para eletrificadores de cerca está em vigor desde janeiro deste ano e traz um conjunto de regras que estipula as condições técnicas a serem utilizadas tanto na fabricação quanto na instalação do produto.
A norma para eletrificadores de cerca está em vigor desde janeiro deste ano e traz um conjunto de regras que estipula as condições técnicas a serem utilizadas tanto na fabricação quanto na instalação do produto.
A ABNT adotou por inteiro a norma internacional do IEC (International Electrotechinical Comission), garantindo que o Brasil esteja dentro do mais elevado grau técnico e seja referência internacional em padrão de qualidade. O objetivo é oferecer ao consumidor produtos seguros e que não coloquem em risco a saúde humana, principalmente em casos de contato acidental.
O engenheiro eletricista Harry Korman comenta que a descarga elétrica liberada pelas cercas energizadas não é nociva à vida, desde que estejam de acordo com as normas. “O que pode ser fatal é a corrente elétrica utilizada. As cercas energizadas possuem uma voltagem mais leve, é apenas uma forma de alerta”, diz Korman, que também atua na Câmara Especializada em Engenharia Elétrica do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea-PR) e é professor de Engenharia Elétrica na Universidade Federal do Paraná.
Em alguns estados e cidades brasileiras já existem leis referentes às cercas eletrificadas. Em Curitiba, por exemplo, a Lei existe desde 2004 (confira no texto ao lado algumas das normas e dispositivos da Lei).
Foi pensando na segurança de sua residência que o empresário Fábio Luiz Mascarenhas decidiu instalar uma cerca energizada em sua propriedade. Mas quando levou em conta o quesito bem-estar da família, ele buscou a instalação de um material regulamentado. “Quando conversei com o engenheiro responsável que faria a instalação da cerca, perguntei se era regulamentado. Achei melhor já fazer tudo dentro das normas.”
Odair Kerschner, proprietário de uma empresa que trabalha com a instalação de cercas energizadas, diz que entre o público privado é mais comum não regularizar o equipamento. “Muitas pessoas não sabem da existência das normas, só conhecem questões como limite de altura, por exemplo. Não atender às normas pode acarretar em riscos para o contratante e também para a empresa que executou o serviço, que se tornam responsáveis em caso de acidentes”, alerta.
O engenheiro eletricista Harry Korman comenta que a descarga elétrica liberada pelas cercas energizadas não é nociva à vida, desde que estejam de acordo com as normas. “O que pode ser fatal é a corrente elétrica utilizada. As cercas energizadas possuem uma voltagem mais leve, é apenas uma forma de alerta”, diz Korman, que também atua na Câmara Especializada em Engenharia Elétrica do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea-PR) e é professor de Engenharia Elétrica na Universidade Federal do Paraná.
Em alguns estados e cidades brasileiras já existem leis referentes às cercas eletrificadas. Em Curitiba, por exemplo, a Lei existe desde 2004 (confira no texto ao lado algumas das normas e dispositivos da Lei).
Foi pensando na segurança de sua residência que o empresário Fábio Luiz Mascarenhas decidiu instalar uma cerca energizada em sua propriedade. Mas quando levou em conta o quesito bem-estar da família, ele buscou a instalação de um material regulamentado. “Quando conversei com o engenheiro responsável que faria a instalação da cerca, perguntei se era regulamentado. Achei melhor já fazer tudo dentro das normas.”
Odair Kerschner, proprietário de uma empresa que trabalha com a instalação de cercas energizadas, diz que entre o público privado é mais comum não regularizar o equipamento. “Muitas pessoas não sabem da existência das normas, só conhecem questões como limite de altura, por exemplo. Não atender às normas pode acarretar em riscos para o contratante e também para a empresa que executou o serviço, que se tornam responsáveis em caso de acidentes”, alerta.
A empresa de Kerschner desenvolveu um novo projeto de cerca seguindo a regulamentação da ABNT. “É um equipamento para ser incorporado na grade original, para que não prejudique esteticamente a aparência do imóvel.” O produto é de fabricação exclusiva da empresa e tem lançamento previsto para os próximos meses.
Regras
A instalação de cercas elétricas deve obedecer as normas segundo a Lei nº 11.035, de 2004, aprovada pela Prefeitura de Curitiba. Confira algumas:
> As cercas energizadas só podem ser instaladas mediante alvará expedido pela Prefeitura.
> Para a concessão do alvará é exigido um projeto que obedeça às Normas Técnicas Brasileiras, apresentado pelo técnico responsável pela instalação.
> O proprietário do estabelecimento deve observar se a empresa contratada para a instalação da cerca possui registro no Crea-PR.
> Deve ser criado um sistema de aterramento para a instalação.
> A cada 10 metros de cerca energizada, nos portões ou portas de acesso existentes ao longo da cerca, devem ser instaladas placas de advertência.
> As placas que sinalizam a existência da cerca devem ter dimensões mínimas de 10 por 20 cm, contendo texto e símbolos voltados para ambos os lados da cerca.
> O fundo da placa de sinalização deve ser na cor amarela e os caracteres grafados em cor preta, com dimensões mínimas de 2 cm de altura por 0,5 cm de espessura, com o texto “Cerca Energizada” ou “Cerca Eletrificada”.
> A sinalização deve conter ainda símbolo na cor preta que possibilite o entendimento de que se trata de um sistema dotado de energia e que pode transmitir choques elétricos.
> Os arames utilizados para condução da corrente elétrica devem ser do tipo liso, com no mínimo 2,1mm.
> É proibida a utilização de arames farpados ou similares para condução da corrente elétrica.
> Sempre que a cerca for instalada na parte superior de muros, grades, telas ou estruturas similares, o primeiro fio de arame deve estar a uma altura mínima de 2 metros em relação ao nível do solo.
> A cerca energizada deve estar no mínimo 1 metro acima da estrutura de apoio e possuir, pelo menos, seis arames energizados.
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